Dieta vegetariana e risco de doenças cardiovasculares em mulheres

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A dieta vegetariana vem sendo adotada por milhares de pessoas ao redor do mundo – e no Brasil não é diferente. Aqui, 14% da população se declara vegetariana (dados do IBOPE de 2018), o que representa 30 milhões de pessoas!

Um número bastante significativo e que vem crescendo ainda mais, visto que as pessoas acreditam que aumentariam o consumo de produtos veganos caso os preços fossem parecidos com aqueles de origem animal, e se as embalagens estivessem bem indicadas. 

Isso mostra que há o interesse geral, sim, de diminuir o consumo de carne, seja por uma alimentação mais sustentável, saudável ou ética. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já levantou o quanto o consumo elevado de carne pode trazer malefícios para a saúde.

Número de mulheres com doenças cardíacas cresce

Sabemos que doenças como o câncer de mama, útero e ovário são bastante preocupantes quando falamos da população feminina; entretanto, as doenças cardiovasculares já ultrapassam essas três e é a líder em causa de mortalidade das mulheres no mundo.

Infelizmente, a falta de atividade física, má alimentação e tabagismo são fatores que aumentam os riscos de doenças do coração – no caso do tabagismo, o aumento é de 25% comparado aos homens que fumam.

Outros fatores também influenciam; por exemplo, durante a gestação, quando a mulher tem hipertensão ou diabetes gestacional. E também:

  • Menopausa;
  • Histórico familiar;
  • Níveis de colesterol elevados;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial;
  • Obesidade.

Dieta vegetariana pode ajudar

Não somente uma alimentação inadequada aumenta os riscos de doenças cardiovasculares em mulheres, mas comer carne também. De acordo com um estudo, uma dieta vegetariana tem relação direta com riscos cardiovasculares em mulheres.

A pesquisa levou em consideração os seguintes alimentos incluídos na dieta das participantes:

  • Base vegetal: feijão, soja (tofu ou nozes de soja), ervilhas verdes; produtos vegetais texturizados; sopas de feijão;
  • Fibras: laranjas, toranjas e tangerinas; maçãs e peras; morangos; quiabo; aveia;
  • Nozes: manteiga de amendoim, amendoim, outras nozes e sementes;
  • Fitoesteróis: todos os alimentos vegetais.

Não foram utilizados no estudo alimentos com ácidos graxos monoinsaturados (azeite de oliva ou canola; abacate e guacamole); e com gordura saturada (laticínios com alto teor de gordura; ovos; frango / peru com pele; carnes vermelhas e processadas; carne orgânica; molho; manteiga).

O estudo mostrou um menor risco de doenças cardiovasculares no público feminino, principalmente após a menopausa. Ou seja, uma dieta vegetariana se prova bastante eficaz em longo prazo na saúde das mulheres.