Os riscos dos medicamentos diuréticos

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Há quem acredite que utilizar uma dose elevada de medicamentos diuréticos, maior que a recomendada pelo médico, auxilia na redução da pressão; outros buscam nos medicamentos diuréticos uma oportunidade de emagrecer. Por isso, resolvi fazer este texto para expor os riscos causados por estes remédios. 

Primeiramente, gostaria de lembrar que os medicamentos diuréticos em si não são os grandes vilões, mas, sim, a forma como as pessoas os utilizam – seja sem o acompanhamento médico adequado ou aumentando a dose recomendada pelo especialista por conta própria – e o maior risco de todos: a automedicação sem qualquer prescrição médica.

Quando um especialista recomenda determinado tratamento, é porque ele já analisou todo o quadro do paciente e sabe o que é ideal ou não.

Digo tudo isso para que não fique dúvidas: seguir a recomendação do especialista é o ideal quando falamos em medicamentos diuréticos. Existem 3 tipos de diuréticos:

1) Diuréticos de Alça: Furosemida e Bumetanida. São diuréticos potentes utilizados quando o paciente está com bastante edema (inchaço).

2) Diuréticos Tiazídicos: Hidroclorotiazida e Clortalidona. São diuréticos suaves utilizados para tratamento da hipertensão.

3) Diuréticos Poupadores de Potássio: Espironolactona e Triantereno. São diuréticos geralmente utilizados em associação aos diuréticos tiazídicos num mesmo comprimido para evitar a redução dos níveis de potássio – hipocalemia.

Efeitos colaterais dos medicamentos diuréticos

Usados sem acompanhamento médico, os medicamentos diuréticos podem levar a uma série de reações como impotência, erupções cutâneas, náuseas, tonturas, letargia, e efeitos colaterais subjetivos.

Outros dois efeitos colaterais são:

  1. Hipovolemia – condição caracterizada por diminuição da quantidade de líquido do organismo que pode ocorrer com o uso de diuréticos potentes – diuréticos de alça – como furosemida e bumetamida; e 
  2. Hipocalemia leve (nível abaixo do normal de potássio) que pode gerar reações como cãibras musculares e  arritmias e está associada a medicamentos diuréticos não poupadores de potássio que são os diuréticos de alça e os diuréticos tiazídicos. 

Já a hiponatremia que acontece quando os níveis de sódio estão baixos no sangue – é mais rara, mas pode acontecer e ser grave e geralmente ocorre com diuréticos de alça. Outros efeitos raros são erupções cutâneas, trombocitopenia, pancreatite e nefrite intersticial, e ototoxicidade da furosemida. 

Por estes motivos, os diuréticos JAMAIS devem ser utilizados em dose elevada sem recomendação médica ou com o simples intuito de emagrecimento. Perder peso e diminuir a pressão pedem análises e atitudes mais complexas do que apenas tomar medicamentos diuréticos, é necessário uma mudança de estilo de vida.

Faça um acompanhamento com especialista e evite complicações futuras! O artigo foi útil? Descubra também o que é salitre e quais seus riscos para a saúde!