Homens e mulheres: a trajetória da pressão arterial ao longo da vida

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Será que homens e mulheres têm diferenças na trajetória da pressão arterial ao longo da vida? A resposta é sim! De acordo com um estudo norte-americano publicado no JAMA (Jornal de Cardiologia da Associação Médica Americana), as mulheres, em comparação com os homens, exibiram um aumento mais acentuado nas medidas da pressão arterial, que começou já na terceira década e continuou ao longo da vida.

 

Em contraste com a noção de que processos de doenças vasculares importantes em mulheres ficam atrás dos homens em 10 a 20 anos, análises específicas por gênero indicam que as medidas de pressão arterial progridem mais rapidamente em mulheres do que em homens, começando no início da vida.

 

Foram analisadas mais de 32 mil participantes com idades entre 5 e 98 anos durante 43 anos (54% mulheres).

 

Esse dimorfismo de início precoce pode definir o cenário para doenças cardiovasculares posteriores que tendem a se apresentar de maneira diferente, não apenas mais tarde, nas mulheres em comparação com os homens.

 

Os números no Brasil preocupam

 

Em 2018, dados do Vigitel (Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, revelaram prevalência da doença de 35,5% em homens e 30% em mulheres. Nelas, com a menopausa, há uma diminuição da produção de estrogênio (que protege o sistema arterial); a porcentagem em relação aos homens se inverte.

 

A verdade é que qualquer pessoa está sujeita a ter hipertensão com o passar dos anos. Por isso, o conselho é para todos: tenha bons hábitos, pratique atividades físicas, capriche na alimentação balanceada e cuide da sua saúde com visitas regulares ao seu médico! A hipertensão é silenciosa e pode estar lá quando você menos espera.