Você tem o costume de dormir com a luz acesa ou até com o televisor ligado? Talvez você devesse rever a prática. Um novo estudo da Northwestern University, dos Estados Unidos, sugere que qualquer quantidade de luz na hora de dormir é o suficiente para aumentar a incidência de doenças como obesidade, diabetes e pressão alta.

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Este estudo contou com 552 idosos, entre 63 e 84 anos, e a quantidade de luz foi identificada com um pequeno dispositivo wearable – o aparelho guardou informações como ciclo do sono e exposição à luz. Com essas informações, foi possível estabelecer a relação entre as doenças.

A porcentagem de obesos foi de 40,7% para aqueles que tiveram contato com algum tipo de iluminação enquanto dormiam, enquanto a taxa daqueles que dormiam no escuro caiu para 26,7%. As diferenças também foram encontradas nos diabéticos e hipertensos – 17,8% para 9,8% e 73% para 59,2% – respectivamente. 

Por ser um estudo observacional, foi constatada apenas a relação entre as doenças e a iluminação. Por outro lado, os pesquisadores também defendem que a luz ou a sua ausência influencia no ciclo circadiano. A explicação é que quando há iluminação de noite, o cérebro reage aos sinais confusos e desregula o relógio circadiano. 

Essa não é a primeira vez que o ato de dormir com a luz acesa foi tema de pesquisa. Em outro estudo,  a prática também não foi recomendada – e chegou a ser associada a diabetes e doenças cardíacas. 

Já me acostumei a dormir com a luz acesa – e agora?

Minha recomendação para quem tem costume de dormir com a TV ligada é programar um horário para que ela desligue automaticamente, isso até que consiga abandonar a prática totalmente. 

Há também outras dicas importantes do departamento de medicina do sono da Universidade Northwestern sobre dormir com a luz acesa. 

1. Não mantenha uma luz forte acesa – no caso dos idosos que moram sozinhos e podem ter a prática como uma segurança, o ideal é colocar a luz o mais próximo possível do chão.
2. Fique de olho na cor da luz – prefira luz na cor âmbar ou vermelha/laranja que são menos estimulantes para o cérebro e fuja das brancas ou azuis. 
3. Use máscaras e cortinas blackout – nem sempre é possível controlar a iluminação externa, por isso, essas podem ser duas opções para dormir melhor e evitar problemas de saúde. 

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