Você sabia que uma nova classificação de obesidade propõe considerar, ao invés de apenas padrões do Índice de Massa Corporal (IMC), também a porcentagem de peso perdido? Sim, é verdade!
A novidade não é proposta por médicos individualmente, mas sim, por grandes autoridades unidas à Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e à Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
A sugestão da nova classificação de obesidade é baseada no fato de que, perdendo percentuais de peso, já é possível sentir os benefícios na saúde, além de essa redução ser mais sustentável em longo prazo.
Vejamos os percentuais de perda de peso e os ganhos para a saúde propostos:
- Perda de 3%: redução do risco para doenças infecciosas, como é o caso da Covid-19;
- Perda de 5%: diminuição de 20% a 30% na pressão arterial, tendência à maior nível do colesterol bom (HDL), diminuição das chances de desenvolver depressão e possível melhor taxa de fertilidade;
- Perda de 7%: redução de 15% de risco de diabetes – isso pensando em cada quilo após atingir esta faixa;
- Perda de 10%: redução de chances de apresentar quadro de síndrome metabólica;
- Perda de 15%: redução dos efeitos do diabetes tipo 2, podendo atingir mais de 80%.
Nova classificação de obesidade e dietas
Os especialistas envolvidos na iniciativa explicam que a nova classificação de obesidade seria uma forma de incentivar o emagrecimento, diminuir o risco de dietas restritivas e de uma perda de peso momentânea.
Uma pessoa de 150 quilos e 1,60 m de altura precisaria perder mais de 80 quilos para estar dentro do peso considerado “normal” pelo IMC. Essas diferenças, de acordo com os envolvidos na medida, poderiam desestimular o paciente ou levar a dietas exageradamente restritivas, que são insustentáveis ao longo da vida – ou seja, o paciente poderia emagrecer rapidamente, e engordar novamente.
Já na nova classificação de obesidade, considerando o exemplo acima, se o paciente perder a partir de 4,5 quilos os benefícios já acontecem e são considerados. Sendo que uma redução de 5% a 10% seria uma “obesidade reduzida”, e 10% a 15%, a chamada “obesidade controlada”.
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