A hipertensão é uma doença silenciosa e democrática; 90% dos hipertensos não vão sentir nenhum sintoma e talvez, por isso, muitas pessoas não saibam que sofrem dela. O único jeito de descobrir é por meio da medida da pressão.
E em meio à pandemia da covid-19, ela é ainda mais preocupante.
De acordo com o Jornal da USP, um terço da população adulta brasileira tem hipertensão – ou seja, de 33% a 35%. As pessoas acima de 60 anos são as que mais sofrem – cerca de 65% -, mas isso não significa que sejam só elas. E cerca de 30% a 50% dos brasileiros desconhecem seu diagnóstico.
Além de ser o principal fator de risco para complicações cardiovasculares (insuficiência cardíaca e AVC, por exemplo) quando não tratada, a hipertensão também deixa o paciente mais propenso a complicações por conta do coronavírus. Sabe-se que os remédios para a hipertensão são aliados quando falamos sobre covid-19. Não se esqueça!
O tratamento para hipertensão é indispensável
Mesmo que a pessoa só sofra de hipertensão, ela não deve interromper ou negligenciar o tratamento da doença. Sempre enfatizo que, caso tenha algum problema com a medicação, o paciente deve me comunicar para que possamos alterá-la ou adequá-la à sua rotina e bem-estar.
O tratamento para hipertensão é para a vida inteira e não pode parar nem em dias de consultas, ou muito menos porque o paciente não está sentindo nada de errado ou diferente.
O tratamento para hipertensão é ainda mais importante para aqueles que são diagnosticados com covid-19, principalmente se a doença estiver associada a outras comorbidades, como obesidade e diabetes. A idade também é um fator influente: pessoas com mais de 60 anos devem redobrar a atenção.
Para prevenir a hipertensão, o ideal é manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas, manter o peso e diminuir o consumo de sal. Para aqueles que são mais estressados, é bom tentar mudar a rotina e cuidar da saúde mental, pois o estresse também pode influenciar.