Cerca de 12 a 15% das pessoas diagnosticadas com pressão alta têm o quadro chamado de Hipertensão Arterial Resistente (HAR). O termo, por vezes, gera dúvida no consultório, por isso este é o tema do blog desta semana.
HAR é classificada quando os níveis de pressão continuam altos, mesmo depois do uso de três a quatro medicamentos anti-hipertensivos, em suas doses máximas indicadas e toleradas pelo organismo – confira o artigo especial da área.
As causas primárias, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, passam por:
- Sensibilidade a sal;
- Hipervolemia (decorrente de maior ingestão de sódio, nefropatia crônica ou inadequada terapêutica diurética);
- Substâncias exógenas (anti-inflamatórios não hormonais, corticosteroides, contraceptivos orais, simpatomiméticos, quimioterápicos, antidepressivos, imunodepressores, descongestionantes nasais, anorexígenos, álcool e cocaína).
Vale lembrar que a HAR só é considerada quando o tratamento recomendado pelo médico é seguido à risca e já foi descartada a hipótese do efeito do avental branco – quando o nervosismo pela presença do médico é tão grande que a pressão aumenta.
Seja persistente em seu tratamento!
Depois do diagnóstico, é preciso continuar o tratamento e não abandonar. É necessário ser persistente. Tratar continuamente é essencial, já que o risco de complicações como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença renal crônica e morte súbita chegam a aumentar em 47% se nada for feito. A descoberta é de um estudo da Associação Americana do Coração (American Heart Association).
Abandonar o tratamento nunca é a melhor alternativa: o médico é o único que pode te ajudar a controlar a Hipertensão Arterial Resistente e investigar seu caso profundamente. Siga todas as recomendações médicas e, na hora da consulta, seja sincero. Entender os hábitos e problemas do paciente é fundamental para um diagnóstico assertivo.
Hipertenso tratado vive mais e melhor!