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Pergunta:FIZ EXAMES DO CORAÇÃO, HOLTER E ECODOPLER. NO ECODOPLER O RESULTADO FOI PROLÁPSO DE VALVA MITRAL (REGURGITAÇÃO MITRAL LEVE ). NO HOLTER : RITMO SINUSAL, ARRITMIA SUPRAVENTRICULAR EXTRA-SITÓLICA DE RARA INCIDENCIA NA FORMA ISOLADA E EM PAR. FORAM OBSERVADOS APENAS 11 ECTÓPICOS SUPRAVENTRICULARES SENDO 9 EXTRA-SISTÓLES SUPRAVENTRICULARES ISOLADAS E 1 EM PAR. AUTERAÇÕES DO SEGMENTO ST-T. O QUE SIGNIFICA TUDO ISSO ?
Autor:CLAUDIA MARIA VERISSIMO LAGE
Data:14/12/2010 – 15:12


Respostas

Autor: Katia Coelho Ortega
Data: 19/2/2011 – 17:8
Resposta: Prezada Claudia Extra-sístoles são um tipo de arritmia cardíaca em que ocorre um estímulo para um novo batimento cardíaco de forma prematura, ou seja, antes do tempo certo. Em geral estas arritmias são pouco sintomáticas e não trazem maiores riscos para a saúde, não necessitando portanto de tratamento. Em relação ao prolapso, a valvula mitral é uma estrutura constituída de três folhetos móveis, responsável pela separação de duas câmaras do coração: o átrio esquerdo (AE) e o ventrículo esquerdo(VE). O sangue vindo dos pulmões vai atingir o átrio esquerdo e passando pela válvula mitral (VM) aberta ele chega ao ventrículo esquerdo. Quando o VE se encontra cheio de sangue ele se contrai direcionando todo o sangue para a aorta (um grande vaso) que então distribuirá o mesmo para outros vasos. Nesse momento de contração ventricular esquerda, a válvula mitral se fecha pois ela possui “pequenas cordas” presas em sua face ventricular que não permitem sua abertura dentro do AE. Assim, a VM impede o retorno do sangue ao AE. O prolapso da valvula mitral é uma anormalidade que possibilita a protrusão de uma das partes dessa válvula para o AE durante a contração ventricular podendo permitir então a passagem de alguma quantidade de sangue para o AE. A maioria dos pacientes são assintomáticos ou seja, não têm qualquer sintoma, tendo sido diagnosticados através de um exame médico de rotina ou pelo ecocardiograma realizado por outros motivos quaisquer. Na maioria das pessoas, o índice de complicações é de 2% ao ano, ou seja, duas pessoas em cada cem com esse problema vão apresentar alguma alteração mais séria. A expectativa de vida de homens e mulheres com esse distúrbio é similar à das pessoas sem o mesmo. Dentre as complicações possíveis estão o aumento do AE que pode levar a arritmias diversas e a longo prazo, à insuficiência cardíaca. Atenciosamente, Dra. Katia Coelho Ortega e Dr. Giovanio Vieira da Silva Supervisão: Prof. Dr. Décio Mion Jr.