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Pergunta:Olá, goistaria de tirar uma dúvida não pratico atividades fisicas e tenhos um quadro de hipertenso na minha familia, aos 18 anos a minha pressão arterial chegou a 18×11, andando na estreira tive uma aceleração e uma principio de desmaiso, hj acordei me sentido com dor de cabeça , e tontura minha pressão 14×10 fui a medica e ela me disse que isso era normal,mandou eu fechar os olhos e me disse que estava nervosa( obs: não tinha motivo nenhum pra estar nervosa, havia acabado de acorda)ela me aplicou um calmante e mandou ir pra casa colocando na minha ficha de atendimento que sofria de tpm! ENTÃO DIANTE DE TUDO QUE RELATEI GOSTARIA DE SABER O SE ELA A MÉDICA AGIU CORRETO!!! No aguardo!!
Autor:Patricia
Data:28/4/2008 – 15:4


Respostas

Autor: Katia Coelho Ortega
Data: 1/5/2008 – 15:25
Resposta: Prezada Patricia A hipertensão arterial ou pressão alta é caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial acima dos valores considerados normais, ou seja, quando a pressão medida várias vezes em consultório médico é igual ou maior a 14 por 9 (140 por 90 mm Hg). Por sua vez, a crise hipertensiva é classificada com base em seu efeito em órgãos-alvo e não simplesmente com base no nível de pressão, como se vê no texto abaixo extraído da IV Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: Emergências hipertensivas São situações clínicas que demandam redução mais rápida das cifras pressóricas, em período inferior a uma hora, como ocorre, por exemplo, na crise hipertensiva propriamente dita. Essa entidade resulta de uma elevação abrupta da pressão arterial com quebra da autoregulação do fluxo cerebral e evidências de lesão vascular que resulta em quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema. Habitualmente, esse quadro evolui com cifras pressóricas muito elevadas em pacientes com hipertensão crônica ou com cifras menos elevadas em pacientes com processo hipertensivo recente, como em casos de eclâmpsia, glomerulonefrite aguda, uso de certas drogas (cocaína), entre outras. Um outro tipo de emergência hipertensiva é a ocorrência de níveis tensionais elevados acompanhados de sinais que indicam lesões em órgãos-alvo em progressão, tais como acidente vascular cerebral, edema agudo de pulmão, síndromes isquêmicas miocárdicas agudas (infarto agudo do miocárdio, crises repetidas de angina etc.) e dissecção aguda da aorta. É importante observar que, em algumas dessas condições, as cifras pressóricas não estão muito elevadas nem aumentaram de forma repentina. Nesses casos, há risco iminente à vida ou de lesão orgânica irreversível. O paciente deve ser hospitalizado e tratado com vasodilatadores, por via intravenosa: · nitroprussiato de sódio, · hidralazina, · diazóxido, · nitroglicerina. Depois de obtida a redução imediata dos níveis pressóricos, deve-se iniciar a terapia anti-hipertensiva de manutenção e interromper a medicação parenteral. A hidralazina é contra-indicada nos casos de síndromes isquêmicas miocárdicas agudas e de dissecção aguda de aorta, por induzir ativação simpática, com taquicardia e aumento da pressão de pulso. Em tais situações indica-se o uso de betabloqueadores e de nitroglicerina . Na fase aguda de acidente vascular cerebral, a redução dos níveis tensionais deve ser gradativa e cuidadosa, evitando-se reduções Um outro tipo de emergência hipertensiva é a ocorrência de níveis tensionais elevados acompanhados de sinais que indicam lesões em órgãos-alvo em progressão, tais como acidente vascular cerebral, edema agudo de pulmão, síndromes isquêmicas miocárdicas agudas (infarto agudo do miocárdio, crises repetidas de angina etc.) e dissecção aguda da aorta. É comum ainda a ocorrência de situações de estresse psicológico agudo e de síndrome do pânico associadas a níveis pressóricos elevados, mas que não caracterizam complicação hipertensiva aguda. Recomenda-se terapêutica aguda do estresse psicológico, enquanto a hipertensão arterial deverá ser tratada em ambulatório. Portanto, em seu caso, há necessidade de fazer uma consulta médica ambulatorial para avaliar a hipertensão arterial e para o estabelecimento do tratamento adequado. Atenciosamente Katia Coelho Ortega e Giovanio Vieira da Silva Supervisão:Prof. Dr. Décio Mion Jr.