Pergunta:E MELHOR UM HIPERTENSO TOMAR UM DICLOFENACO OU UM CELECOXIB? POR QUE ?
Autor:PAULA
Data:17/9/2008 – 12:12
Respostas
Autor: Katia Coelho ortega
Data: 17/9/2008 – 14:0
Resposta: Prezada Paula, Os anti-inflamatórios em geral devem ser usados com cautela em pacientes hipertensos, já que um de seus efeitos colaterais é o aumento da pressão arterial. No entanto, desde que por pouco tempo e sob supervisão médica, é possível utilizar anti-inflamatórios em pacientes hipertensos com segurança. O estudo prospectivo, duplo-cego, randômico e controlado, denominado Celecoxib Long-term Arthritis Safety Study (CLASS;JAMA 2000; 284: 1247-55. ), acompanhou 8.059 pacientes com osteoartrite ou artrite reumatóide, durante seis meses de tratamento. A intervenção consistia em receber celecoxib 400 mg duas vezes ao dia, ibuprofeno 800 mg três vezes ao dia ou diclofenaco 75 mg duas vezes ao dia, no qual foram avaliadas a ocorrência úlceras gastrintestinais altas sintomáticas e suas complicações, além de outros efeitos adversos. Os pesquisadores concluíram que celecoxib, quando comparado a ibuprofeno ou diclofenaco, estava associado a uma menor incidência de úlceras sintomáticas e complicações oriundas, além de outros efeitos tóxicos clinicamente importantes. A análise de efeitos adversos cardiovasculares apontou incidências semelhantes, tanto de efeitos cardiovasculares, em geral, quanto somente Infarto agudo do miocárdio, para ambas as comparações. Devido às discussões sobre o uso de anti-inflamatórios não hormonais, o instituto americano FDA (Food and Drug Administration) ressaltou a necessidade de um amplo estudo multicêntrico que determinasse a segurança de toda a classe de anti-inflamatórios, a longo e a curto prazos. O estudo levaria anos e deveria incluir, segundo ele, pacientes com osteoartrite, artrite reumatóide ou dor crônica, estratificados quanto ao seu risco inicial de doença cardiovascular. Foi proposta a comparação de grupos com mais de 1.000 indivíduos recebendo ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco e celecoxib. Contudo, ainda não há quem financie tal estudo e sua praticidade ainda é motivo de controvérsia. Atenciosamente, Giovanio Vieira da Silva e Katia Coelho Ortega. Supervisão Prof. Dr. Décio Mion Jr.
Data: 17/9/2008 – 14:0
Resposta: Prezada Paula, Os anti-inflamatórios em geral devem ser usados com cautela em pacientes hipertensos, já que um de seus efeitos colaterais é o aumento da pressão arterial. No entanto, desde que por pouco tempo e sob supervisão médica, é possível utilizar anti-inflamatórios em pacientes hipertensos com segurança. O estudo prospectivo, duplo-cego, randômico e controlado, denominado Celecoxib Long-term Arthritis Safety Study (CLASS;JAMA 2000; 284: 1247-55. ), acompanhou 8.059 pacientes com osteoartrite ou artrite reumatóide, durante seis meses de tratamento. A intervenção consistia em receber celecoxib 400 mg duas vezes ao dia, ibuprofeno 800 mg três vezes ao dia ou diclofenaco 75 mg duas vezes ao dia, no qual foram avaliadas a ocorrência úlceras gastrintestinais altas sintomáticas e suas complicações, além de outros efeitos adversos. Os pesquisadores concluíram que celecoxib, quando comparado a ibuprofeno ou diclofenaco, estava associado a uma menor incidência de úlceras sintomáticas e complicações oriundas, além de outros efeitos tóxicos clinicamente importantes. A análise de efeitos adversos cardiovasculares apontou incidências semelhantes, tanto de efeitos cardiovasculares, em geral, quanto somente Infarto agudo do miocárdio, para ambas as comparações. Devido às discussões sobre o uso de anti-inflamatórios não hormonais, o instituto americano FDA (Food and Drug Administration) ressaltou a necessidade de um amplo estudo multicêntrico que determinasse a segurança de toda a classe de anti-inflamatórios, a longo e a curto prazos. O estudo levaria anos e deveria incluir, segundo ele, pacientes com osteoartrite, artrite reumatóide ou dor crônica, estratificados quanto ao seu risco inicial de doença cardiovascular. Foi proposta a comparação de grupos com mais de 1.000 indivíduos recebendo ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco e celecoxib. Contudo, ainda não há quem financie tal estudo e sua praticidade ainda é motivo de controvérsia. Atenciosamente, Giovanio Vieira da Silva e Katia Coelho Ortega. Supervisão Prof. Dr. Décio Mion Jr.