Pergunta:Olá, meu nome é Ana tenho 29 anos. Com 21 anos tive síndrome do pânico, por 5 anos tomei Anafranil, hoje não tenho mais crises porém fico muito nervosa em algumas situações como ir ao médico, falar em público, etc. Há 2 anos descobri a minha pressão alterada na realização exames pré-operatórios, após este dia passei a ter verdadeiro pavor de medir a pressão em hospitais …. O pedido do cardiologista fiz o holter de pressão”… cada vez que o aparelho apitava sentia frio na barriga e meu coração disparava … resultado: hipertensão. Diante do meu estado o médico não considerou o resultado e pediu para eu medir minha pressão em alguma farmácia ou com alguém de confiança e anotar todos os resultados diariamente e após 15 dias retornar ao consultório. Comprei um aparelho para medir pressão e com o auxilio da minha irmã que é enfermeira fiz as medições, 95% dos resultados foram inferiores a 12 por 8. O médico me disse que eu tinha a “síndrome do jaleco branco” e que não precisaria tomar remédio. Às vezes meço a pressão em casa, os resultados são sempre normais … mas em hospitais já chegou em 18 por 11 , vejo o aparelho de pressão meu coração dispara , chego suar frio. No mês passado passei por outro cardiologista pois 1º medico não atende meu novo convenio. Fiz um eletro, o resultado foi normal, mas minha pressão estava 13 por 10 (estava extremamente nervosa, com o coração acelerado), o médico disse que a pressão diastólica não pode ultrapassar 8 em nenhuma situação mesmo diante de crise nervosa e me pediu um teste ergométrico. Expliquei a ele toda minha situação de ansiedade e pânico ….pressão normal quando medidas em casa, etc. Ele disse que se eu tivesse síndrome do pânico nem sairia de casa (isso nunca aconteceu comigo…) e que não poderia considerar resultados medidos em casa, pois não tinha garantia da boa condição do aparelho. Cheguei muito ansiosa para o teste e fiquei ainda mais com todos aqueles os sensores no meu peito, o resultado do teste foi “hipertensão fixa e extra-sístoles ventriculares e isoladas e raras na recuperação”. O médico confirmou a hipertensão e disse que não posso freqüentar academias de ginástica, me pediu exames de sangue e urina, prescreveu um diurético por 15 dias e monitoramento com o holter e adiantou que se o resultado continuar o mesmo me receitará um betabloqueador. Diante esta situação agendei uma consulta com o meu psiquiatra que me prescreveu o remédio Celebrin para controlar esta ansiedade absurda. Vou fazer os exames conforme solicitação do médico, mas estou muito confusa e insegura com opiniões tão divergentes entre os dois cardiologistas. Qual a sua opinião a respeito na minha história? O que me aconselharia fazer?
Autor:Ana
Data:27/9/2009 – 22:39
Respostas
Data: 3/10/2009 – 16:24
Resposta: Prezada Ana Não havendo erro de medida pelo seu aparelho, o diagnóstico de hipertensão do avental branco é um diagnóstico possível. Nestes casos de duvida diagnóstica, é fundamental que se realize um exame de MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que consiste na instalação em seu braço de um aparelho capaz de medir a pressão arterial durante as 24 horas do dia durante as suas atividades habituais. Atenciosamente, Katia Coelho Ortega e Giovanio Vieira da Silva. Supervisão Prof. Dr. Décio Mion Jr.