A pressão arterial descontrolada pode ser um problema, e parece ainda maior do que muitas pessoas imaginam. A descoberta é de um novo estudo que avaliou mais de 20,6 milhões de atendimentos em pronto-socorro nos Estados Unidos.
O levantamento concluiu que a hipertensão arterial esteve relacionada a um terço das visitas ao PS por motivo de doenças cardiovasculares, sendo que em mais de 12,7 milhões (13%) o diagnóstico foi de hipertensão primária.
“No mínimo, os pacientes se apresentarem ao hospital como não se sentindo bem ou o que quer que seja, e forem identificados como tendo pressão alta, é uma oportunidade importante para realmente ensiná-los sobre hipertensão e fazer o acompanhamento”, disse Maryann McLaughlin, MD, cardiologista do Hospital Mount Sinai, em Nova York, ao Medscape Cardiologia.
E se os números assustam, há um outro lado da pesquisa que pode ser considerado positivo: menos de 3% dos comparecimentos levaram a uma internação e menos de 0,1% tiveram óbito como desfecho. Mesmo assim, é importante lembrar que a doença evolui progressivamente e os pacientes devem ficar atentos à pressão arterial descontrolada, já que a condição pode se agravar e afetar o coração e os vasos sanguíneos.
A hipertensão é assintomática. Dessa forma, é necessário realizar a medição da pressão arterial pelo menos duas vezes no ano e com maior frequência se houver histórico familiar. A doença é predominantemente genética, mas se manifesta também por outros hábitos de vida.
O diagnóstico da pressão arterial descontrolada
O diagnóstico de pressão arterial descontrolada é realizado com a medição. Para isso, é importante ficar atento aos parâmetros para diagnóstico:
DIAGNÓSTICO | NORMAL | ANORMAL |
Em casa | < 130/80 | ≥ 130/80 |
No consultório | < 140/90 | ≥ 140/90 |
Há diferenças entre os números em casa e no consultório porque na presença do médico a pressão pode subir – é o chamado “efeito do avental branco“.
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