Uma pandemia silenciosa chamada sedentarismo

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O sedentarismo está presente na vida dos brasileiros já há algum tempo. De acordo com estudos, metade da população não atinge a quantidade mínima de atividade física necessária para se manter saudável. E o problema não persiste somente aqui: 9% das mortes no mundo em 2018 podem ser atribuídas ao sedentarismo, segundo um estudo realizado em Harvard (EUA). Sendo assim, sabemos que é um problema global, ou seja, uma verdadeira pandemia.

Esse número é tão assustador, que representa uma a cada dez mortes no planeta. Desse total de óbitos, 6% foram por doenças cardíacas, 7% por diabetes do tipo 2, 10% por câncer de mama e 10% por câncer de cólon. Todas essas doenças poderiam ter riscos menores com a redução de, pelo menos, 25% da inatividade física.

Sedentarismo agravado pela covid-19

Com a chegada do novo coronavírus, tivemos uma grande impacto em nossas vidas devido ao isolamento social. Sendo assim, mesmo pessoas que moram em prédios com academia se viram incapazes de utilizar o espaço para evitar o contato com vizinhos e possível contaminação pelo vírus.

Resultado: aumento do sedentarismo, de acordo com a empresa americana Fitbit, que chegou a essa conclusão por meio de um levantamento de dados de 30 milhões de usuários de dispositivos que medem o número de seus passos diários.

Na quarta semana de março de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, temos os seguintes resultados na redução da atividade física nas seguintes populações:

  • Americanos: -12%;

  • Espanhóis: -38%;

  • Italianos: – 25%;

  • Brasileiros: -15%.

Ainda não sabemos exatamente o efeito da atividade física na prevenção da covid-19, mas um estudo recente que avaliou 380 mil ingleses demonstrou otimismo. Segundo o estudo, 8,6% dos casos graves de covid-19 estavam ligados à inatividade e 29,5% à obesidade, que pode ser combatida com atividade física.

Com o relaxamento das medidas de isolamento, esses números só tendem a crescer, assim como os números de óbitos. Por isso, é recomendado que as atividades em domicílio sejam feitas com cuidado e regularidade. Já dei algumas dicas de exercícios que podem ser feitos em casa, principalmente porque o sedentarismo é um tema bastante recorrente para os hipertensos – é um verdadeiro inimigo da pressão arterial.

Já conversamos bastante sobre o assunto, e você já sabe: 150 minutos de atividade em intensidade moderada, no mínimo, por semana; ou 75 minutos em intensidade vigorosa. Não tem como fugir dessa conta.