Idosos infectados pela Covid-19 têm mais chances de ter outros problemas de saúde

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Um total de 32 a cada 100 idosos infectados pela Covid-19 em 2020 apresentaram novo problema de saúde nas semanas seguintes à infecção inicial. Os resultados são de uma pesquisa recente publicada no jornal científico britânico The BMJ

Os idosos infectados pela Covid-19 têm risco duas vezes maior de desenvolver outros problemas de saúde, se comparados aos mais jovens. 

A sequela aguda mais comum entre os idosos foi de insuficiência respiratória, mas outros problemas também foram relatados, como condições cardíacas, renais, pulmonares, hepáticas, cognitivas e mentais.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores selecionaram quatro grupos: um com pessoas com diagnóstico de Covid-19, dois de não infectados em 2020 e 2019 e, o último, de diagnosticados com doença viral do trato respiratório inferior.

A conclusão é de que os idosos que foram diagnosticados com coronavírus tiveram mais risco de desenvolver as doenças a seguir:

  • Insuficiência respiratória (risco 7,55% maior);
  • Fadiga (risco 5,66% maior);
  • Hipertensão arterial (risco 4,43% maior);
  • Problemas de memória (risco 2,63% maior);
  • Lesão renal (risco 2,59% maior);
  • Diagnósticos de saúde mental (risco 2,5% maior);
  • Distúrbios de coagulação do sangue (risco 1,47% maior);
  • Distúrbios do ritmo cardíaco (risco 2,9% maior).

As sequelas encontradas persistiram além de 30 dias, e o risco de desenvolvimento das condições foi ainda maior nos idosos hospitalizados devido a Covid-19, chegando a 23,6%. 

Ao todo, os pesquisadores investigaram os registros de 133 mil pessoas com 65 anos ou mais que tiveram diagnóstico de Covid-19 até 1º de abril de 2020. Outros fatores como idade, raça, sexo e status de hospitalização também foram avaliados. 

Idosos infectados pela Covid-19: vacina e isolamento são as soluções 

A pandemia infelizmente não acabou, e eu recomendo que principalmente os grupos de risco, como os idosos, evitem ao máximo se expor à Covid-19. O ideal é não ter contato com aglomerações e pessoas com sintomas da doença. 

Outras medidas de prevenção são máscaras certificadas e passar álcool em gel nas mãos e em objetos pessoais. Seguir o calendário vacinal é fundamental para minimizar os impactos da doença. Um outro estudo recente apontou que a terceira dose em idosos pode aumentar de duas a quatro vezes os níveis de anticorpos. 

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