Você já ouviu falar de hipertensão renovascular? 

  • Categoria do post:Blog

Hipertensão renovascular não é um termo muito conhecido, mas é importante que você entenda o que é, já que ela é a segunda causa de hipertensão secundária, ou seja, hipertensão não hereditária, além de ser potencialmente curável.

A hipertensão renovascular se caracteriza por hipertensão acompanhada de estenose ou estreitamento parcial ou total, uni ou bilateral da artéria renal ou de seus ramos, desencadeando e mantendo isquemia renal significante, que geralmente ocorre com obstruções superiores a 70%. Muitas vezes este estreitamento ou até oclusão da artéria renal pode não ser a causa da hipertensão, o que exige que um especialista avalie caso a caso.

Sua prevalência é de 2% na população mundial de hipertensos, sendo mais comum em hipertensos graves, refratários ou com hipertensão maligna ou acelerada, e em pacientes mais idosos.

Cerca de 90% dos casos de hipertensão renovascular são causados pela doença aterosclerótica que ocasiona a formação de placas de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias; 9% são causados por displasia fibromuscular e 1% por outras causas, conforme revisão do assunto . 

A doença renovascular, além da hipertensão, pode ocasionar insuficiência renal, principalmente entre os pacientes mais idosos ou naqueles mais jovens portadores de arterite – inflamação das paredes das artérias.

Hipertensão renovascular: o diagnóstico

O padrão-ouro é a arteriografia renal convencional, porém ela é invasiva e não deve ser utilizada como procedimento inicial. A angiografia por ressonância nuclear magnética ou a tomografia computadorizada também fornecem as mesmas informações.

O ultrassom com Doppler renal é o método não invasivo recomendado para o rastreamento da estenose da artéria renal.

O tratamento

Os procedimentos de revascularização são indicados para os portadores de displasia fibromuscular e para os pacientes com placas ateroscleróticas que não conseguem controlar a pressão arterial ou tenham perda progressiva da função renal ou descompensação cardíaca com edema agudo de pulmão, insuficiência cardíaca e angina refratária.

Os fatores de risco da hipertensão renovascular são:

  • ·         História de hipertensão com insuficiência renal (nível de creatinina sérica > 1,5 mg/dL) e proteinúria modesta (níveis < 1,5 g/dia);
  • ·         Insuficiência renal progressiva;
  • ·         Hipertensão acelerada ou maligna;
  • ·         Hipertensão grave (pressão arterial diastólica > 120 mm Hg);
  • ·         Hipertensão com rim assimétrico;
  • ·         Piora paradoxal da hipertensão com terapia diurética;
  • ·         Hipertensão refratária à terapia padrão.

Acompanhamento de um especialista é essencial!

A aterosclerose, principal causa da hipertensão renovascular, apresenta uma evolução silenciosa; por isso, os exames de rotina e visitas médicas são tão importantes para o diagnóstico. 

E vale destacar que mudanças de hábitos podem diminuir o risco de ter a doença: fazer exercícios físicos regularmente, optar por uma alimentação balanceada, manter o peso corporal adequado e controlar outras doenças, como diabetes e colesterol elevado.

Cuide da sua saúde e daqueles que você ama – faça um acompanhamento preventivo!