Há mais risco de derrame para quem tem pressão alta?

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Será que o derrame pode ser decorrente da pressão alta? Hoje falarei sobre isso e já adianto: sim, há contribuição da hipertensão tanto para o AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico quanto para o isquêmico. Cerca de 90% dos AVCs ocorrem em pacientes com hipertensão não controlada. E não adianta tomar remédios e continuar com a pressão não controlada porque a hipertensão é considerada o fator de risco mais importante para AVC e sua incidência crescente pode ser atribuída ao controle inadequado da hipertensão. Portanto, motivos não faltam para cuidar da pressão, não é mesmo?

Primeiro, precisamos entender o que é o derrame, ou AVC. Pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central.

Tipos de derrame

O AVC hemorrágico ocorre quando uma artéria cerebral sofre uma ruptura e há hemorragia cerebral e o AVC isquêmico quando uma artéria sofre uma obstrução que leva à interrupção do suprimento de sangue que vai para alguma região do cérebro, privando os neurônios de oxigênio e nutrientes. A maioria dos AVCs é isquêmica (quase 90%), restando 10% para os hemorrágicos.

E o que pode causar essas duas situações? A contínua agressão da pressão alta nas paredes das artérias, deixando-as endurecidas, estreitadas e ocasionando dilatações chamadas de aneurismas. É isso mesmo: ela é um dos motivos do AVC. Além da hipertensão, existem outras causas menos frequentes como a ruptura de um aneurisma.

Danos para a vida inteira

Os dois tipos são graves e podem levar a consequências em longo prazo e até à morte. Entre os danos causados, pode haver comprometimento à visão, movimentação, coordenação motora e fala, entre outros.

Sendo assim, todo cuidado é pouco. É preciso ter hábitos saudáveis, rotina de exames anuais e se atentar aos sinais do corpo.

Segundo a Rede Brasil AVC, é importante que todos aprendam a reconhecer o AVC porque tempo perdido é cérebro perdido. Assim, o início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:

  • Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;

  • Confusão, alteração da fala ou compreensão;

  • Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);

  • Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;

  • Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Se você ou alguém que você conhece estiver com um destes sintomas, NÃO ESPERE MELHORAR!!! CORRA!!! Cada segundo é importante.

Ligue imediatamente para o número 192 (SAMU), ou para o serviço de ambulância de emergência da sua cidade, para que possam enviar o atendimento a você.

Outro dado importante é observar / checar / anotar a hora em que os primeiros sintomas apareceram. Se houver rapidez no atendimento do AVC, até 4,5 horas do início dos sintomas um medicamento que dissolve o coágulo pode ser dado aos pacientes com AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, diminuindo a chance de sequelas.

Portanto, não fume, não use drogas, controle a pressão, o peso e o colesterol. Esses já são pequenos passos rumo a uma vida mais saudável e com menos riscos de derrame.